São conhecidos 22 santos (ou veneráveis, beatificados) com o nome de Dionísio e três santas mártires (Dionísia). Comemoramos a 8 de abril são Dionísio de Corinto, cujo elogio foi feito por são Jerônimo e Eusébio de Cesareia e que viveu em meados do século II. Alguns de seus homônimos são mais célebres do que ele, como são Dionísio, bispo de Paris, no século III, que foi decapitado juntamente com Rústico e Eleutério e é lembrado no atual calendário no dia 9 de outubro. Sobre o seu túmulo, na colina de Montmartre, foi edificada uma basílica, junto à qual no ano de 630 o rei Dagoberto fundou uma abadia, cujos monges foram os responsáveis mais diretos pela confusão entre esse mártir e outros Dionísios (Dionísio Areopagita e Dionísio de Alexandria).
O Areopagita, de quem os Atos dos Apóstolos nos lembram que foi um dos poucos atenienses que acolheram a pregação de São Paulo, é considerado autor de obras que influenciaram profundamente a cultura medieval (A hierarquia celeste, A teologia mística, A hierarquia eclesiástica, Os nomes divinos). Muitos, porém, acham que foi um monge sírio quem as escreveu entre 480 e 530. Parece lendária a notícia de que o Areopagita teria observado o eclipse do sol que acompanhou a crucificação do Senhor e que tenha estado também à Dormitio (morte ou passagem) de Maria Santíssima. Dionísio, o Grande, bispo de Alexandria de 247 a 264, teve problemas com as perseguições de Filipe, o árabe, Décio e Valeriano.
Sob Décio, correu o risco de nem ser preso enquanto… ficou em sua casa. Após quatro dias de intensa procura, o bispo estava tranquilamente no seu próprio palácio, onde ninguém tinha pensado em procurá-lo. Quando finalmente decidiu fugir foi preso, mas uma multidão de camponeses, em festa, o libertou. Eles estavam um tanto bêbados.
Discípulo de Orígenes e diretor da Escola de Alexandria, foi também fecundo escritor: restam-nos apenas duas cartas e vários fragmentos de outras sobre problemas dogmático-disciplinares da penitência dos lapsi (decaídos) e da reiteração do batismo dos hereges. Redigiu também uma Refutação e uma Apologia para esclarecer o seu próprio pensamento sobre a doutrina trinitário
Em tempos mais recentes, de 1402 a 1471, viveu outro grande Dionísio: o de Rijkel, chamado Dionísio “Cartuxo”, cuja produção literária foi recolhida em 42 volumes. Catorze deles são dedicados a amplo cometário à Bíblia. Foi declarado venerável e sua festa é no dia 12 de março.
Fonte: SGARBOSSA, Mario, GIOVANNINI, Luigi. Um Santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983