Eulália é uma jovem mártir espanhola. Nos mosaicos de santo Apolinário Novo de Ravena ela aparece entre duas outras virgens e mártires, Inês e Cecília. Há um pouco de confusão quanto a possível existência de mais de uma Eulália.
A Paixão de Eulália de Barcelona certamente não é anterior ao século VII e é bastante evidente sua inspiração na Paixão de Eulália de Mérida. Tudo isso é inspirado no hino que Prudêncio escrevem em 405 em honra da santa espanhola. Conforme a descrição de Prudêncio, Eulália era uma menina de apenas treze anos quando o pai, para subtraí-la à perseguição, levou a Mérida, em casa de uma família amiga.
Eulália nutria no coração a esperança de receber a palma do martírio. Fugiu de noite, durante a viagem, e se apresentou ao juiz de Mérida. Vencida pela fadiga da longa viagem, tímida e audaz ao mesmo tempo, profere uma única palavra “Creio”. Muito mais loquaz é a Eulália de Barcelona. Xinga o prefeito Daciano por causa da perseguição. É sua profissão de fé em Cristo. O magistrado se comove e lhe dá mais uma oportunidade de praticar a idolatria. Depois entrega-se às torturas. Pontas agudas de ferro dilaceram suas tenras carnes.
Cingido de fachos ardentes o corpo de Eulália se consome como um sacrifício sobre o altar. No momento em que a corajosa mártir reclina a cabeça, isto é, morre, veem-se sinais externos da bendita alma que deixa o corpo e penetra no paraíso. Seu corpo todo estraçalhado jaz inerte no chão. O culto de Eulália na sua dupla versão é muito popular na Espanha e na França. No início do século V foi construída uma magnífica basílica em Mérida em honra a santa Eulália.
O Martiriológio Romano comemora duas Eulálias: uma a 12 de fevereiro e outra a 10 de dezembro: a de Barcelona e a de Mérida.
Um santo para cada dia. Paulus